hoje foi anunciado que o lonely planet elegeu Portugal como um dos 10 destinos a conhecer em 2010. há uns tempos tinha sido Lisboa [se não me engano]a ganhar 3"óscares" do Turismo. isto obviamente é bom. não duvido que o nosso orgulho pátrio e os nossos responsáveis do "turismo de portugal", pululam pelos verdes campos. isto tudo apesar das menos ponderadas estratégias de promoção da "marca portugal"[whatever that means?!]. simultaneamente aparecem umas varas e uns penedos no caminho da nossa reputação internacional...sim, isto também é relevante! tão relevante para portugal como as tropelias de berlusconi são para a itália, ou as façanhas de bush para os EUA no passado. tão relevantes são as varas e os penedos [e outros que virão!!] como os valores do défice público e os indicadores de competitividade da economia portuguesa.
dizia a Future Brand há uns tempos que "Countries are becoming more aware of the importance of defining how they want to be perceived and the need to improve
and leverage their assets. While tourism is often the most visible manifestation of a country brand, it is clear that the image,reputation and brand values of a country impact its products, population, investment opportunities and even its foreign aid andfunding. Looking at a nation holistically, determining its key requirements and essential objectives, and aligning initiatives to both the public and private sector are the best ways to create a successful country brand." já mais recentemente, o reputation institute lançou o seu "country rep 2009" e afirmava que a reputação de um país dependia de factores de governação, desenvolvimento económico e outras questões mais folclóricas relacionadas com o estilo de vida. A interbrand estudou também estas matérias e coincide nas conclusões.
Em qualquer destes rankings Portugal não aparece ou aparece mal cotado...e estamos a falar de estudos que abordam directamente os cidadãos dos países mais directamente relacionados com o nosso país [quer como fonte de FDI para o nosso país, países emissores no turismo ou origem de inumeras parcerias determinantes para o nosso desenvolvimento]
Enquanto uns ficam contentes e se divertem a pensar o turismo como independente de todas as outras actividades económicas e fazem campanhas esquizofrénicas sobre o "All", que vai-se a ver não existe, ou sobre "uma West Coast" saloia, há outros países que já estão noutro patamar e desenvolvem estratégias integradas para a construção de reputação: e posso garantir-vos que não deixam nada ao acaso [vide Espanha].
Portugal não tem uma estratégia enquanto país [Ernâni Lopes e Mediana Carreira andam a gritar isto há imenso tempo] e isso torna impossível qualquer ambição. Não há envolvimento de stakeholders, não há integração de esforços e análises, não há brio nem orgulho. Sem isso vamos continuar a ficar surpreendidos e parolamente orgulhosos dos prémios e distinções que [sem saber muito bem como] vamos recebendo.