12.11.09
de vez em quando os insights surgem donde menos se espera
julgo que maria filomena mónica provoca sempre algumas reacções pela forma despreocupada como fala sobre a sociedade portuguesa. esta sua forma de falar coloca-a por vezes num patamar próximo do de medina carreira ou de ernâni lopes, ou seja, as pessoas não a levam muito a sério apesar de afirmar coisas cobertas de racionalidade e oportunidade. é pena, porque, zappava eu no outro dia, quando filomena mónica estava a ser entrevistada pelo melhor jornalista televisivo em funções das tv's portuguesas, mário crespo. nessa entrevista mfm alertou para os meandros partidários, e para a inevitável consequência da arquitectura política da república (hellas) portuguesa: o estado de partidos que portugal é, conduz inevitavelmente à corrupção, e se não houver alterações profundas do modelo de representação existente e nas regras procedimentais dos eleitos, o descalabro e o caos continuarão a grassar, e à "face oculta" se seguirá, a "face encoberta e a face desmaiada e a face nebulosa e a face cinzenta e a face....". para quando um registo da defesa de interesses, um registo de lobbistas e regras claras sobre esta profissão, de modo a que esta profissão (lobista) não continue a ser confundida com tráfico de influências e deputados em segundo emprego?
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